
A reciclagem é baixa: 8,3% (6,7 milhões de toneladas) do total de resíduos são reaproveitados. O Sudeste lidera na geração de lixo (39,9 milhões de toneladas), enquanto o Sul apresenta os menores índices. Regiões Norte e Nordeste enfrentam desafios na coleta, com descarte a céu aberto prevalecendo.
Especialistas destacam a necessidade de políticas públicas que promovam a redução, a reutilização e a reciclagem. Aumentar a coleta seletiva, com ecopontos e educação ambiental, é crucial. A formalização e remuneração de catadores (responsáveis por 90% da coleta de materiais recicláveis) também se faz necessária.
Há potencial para produzir biometano a partir de resíduos orgânicos, atualmente subaproveitado. Seis plantas de produção de biometano estão em funcionamento (SP, RJ e Fortaleza), com capacidade para suprir apenas uma pequena parcela da demanda nacional de gás natural. Aumentar esse número, especialmente em aterros sanitários, e investir em logística, poderia ajudar a diversificar a matriz energética.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), apesar de prever a erradicação de lixões até 2024, ainda encontra desafios em sua implementação. Estima-se que 3 mil lixões permanecem no país. A falta de recursos financeiros e técnicos nos municípios, além da falta de uma taxa de resíduos sólidos, são entraves. Há iniciativas governamentais, incluindo programas de apoio e incentivo à reciclagem, e um projeto de lei que proíbe a importação de resíduos sólidos aguarda sanção presidencial.
A conscientização da população sobre consumo consciente é igualmente importante, com a promoção de hábitos sustentáveis desde a infância. Soluções eficazes requerem esforços combinados do governo, empresas e cidadãos, priorizando a redução do lixo e a destinação adequada dos resíduos.
UOL – Como o Brasil poderia melhorar a destinação do seu lixo


