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O foco da polêmica é o suposto envolvimento de funcionários do governo na criação da $Libra, uma criptomoeda que Milei divulgou em seu perfil no X (antigo Twitter) como forma de financiar pequenas empresas e empreendimentos argentinos.
“Não tenho nada a esconder, portanto posso falar tranquilamente”, declarou Milei, defendendo que sua intenção era apenas “difundir” a ideia, associando-a ao crescente liberalismo econômico da Argentina. Ele reconheceu que a repercussão o levou a apagar a postagem.
Após o apoio público de Milei, o valor da criptomoeda disparou, gerando lucros para seus detentores. Contudo, especialistas e opositores levantaram suspeitas de fraude, e o valor da $Libra voltou a cair, causando prejuízos a investidores.
Milei minimizou o alcance do episódio, afirmando que muitos dos investidores eram “robôs” (bots) e que a maioria dos prejudicados eram estrangeiros, principalmente dos Estados Unidos e da China. Ele classificou o ocorrido como “um problema entre privados”.
O presidente argentino ressaltou que o Estado argentino não teve prejuízos e comparou a situação a um jogo de cassino, onde os investidores conhecem os riscos.
O governo anunciou medidas para investigar o caso, incluindo a criação de uma força-tarefa para avaliar o projeto Viva La Libertad, a $Libra e as empresas envolvidas. O Gabinete Anticorrupção da Presidência também irá apurar se algum membro do governo agiu de forma imprópria.
Milei admitiu que precisa aprender com a situação e que irá implementar filtros para evitar que projetos não analisados cheguem até ele. Ele disse que sua intenção era ajudar empreendedores argentinos e que se sentiu “enganado”.
O presidente aguarda as conclusões da Justiça para verificar se houve benefícios pessoais indevidos na promoção da $Libra.
Referência: Agência Brasil – Milei tenta minimizar crise gerada por apoio à criação de criptomoeda


